Test drive: massagem ayurvédica


“O termo ayus é a combinação de corpo, órgãos dos sentidos, mente e alma”. Essa é a definição do Caraka Samhita, texto fundamental da medicina ayurvédica, milenar tradição médica originária da Índia.

Para a medicina ayurvédica, o homem é formado pelos mesmos cinco elementos que compõem o universo, constituindo um microcosmo dentro do macrocosmo e se relacionando com ele. O tratamento ayurvédico busca equilibrar estes elementos e suas influências.
A massagem ayurvédica se encontra dentro destes princípios. A convite do Tanggüh, espaço que oferece diversas terapias dedicadas ao bem-estar, fui experimentar a técnica.

A massagem é aplicada em um tatame, em uma sala com iluminação especial e outros detalhes que propiciam o relaxamento. Antes da sessão, a massagista faz uma breve anamnese, para diagnosticar eventuais problemas crônicos ou condições do paciente.

São usados óleos, essenciais nesta técnica. Segundo a tradição, os óleos – escolhidos de acordo com a condição do paciente – são nutrientes que, absorvidos pela pele, nutrem e ajudam a restabelecer o equilíbrio.
Para quem está acostumado às massagens tradicionais, a ayurvédica tem alguns movimentos diferentes. Há alongamentos específicos e posições que se alternam: ora você é massageada deitada, ora sentada.
É recomendável que se faça, ao menos, 10 sessões mensais para sentir os efeitos. A massagem ayurvédica promete, por exemplo, “ativar a circulação irrigando todos os tecidos com sangue rico em oxigênio e energia, produzindo uma espécie de analgésico curativo natural que alivia dores crônicas e agudas”.
Mesmo tendo feito só uma sessão, posso dizer que saí de lá sentindo meu corpo muito presente e “desperto” – mas, ao mesmo tempo, leve.

Para a ayurveda, “o corpo armazena a história de vida de cada um, suas emoções e sentimentos”. Por isso, a massagem também dá uma sensação emocional diferente do que costumamos sentir numa massagem tradicional. Talvez parte da sensação de “leveza” do depois venha daí.

Num momento em que a Índia está mais na moda do que nunca, vale a pena sair um pouco da frente da TV e aproveitar o embalo para conhecer as tradições médicas, tão diferentes das nossas, desta cultura tão antiga.

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